Antes de começar, desconsidere erros de grafia, concordância e até de lógica, justificáveis pelo adiado da hora.


Até porque só conhecemos o limite de muitas coisas ao tranpor-los. Ainda que o próximo passo seja menor que o anterior, e que o zelo aumente a cada instante, só conheceremos realmente a fronteira quando já aultrapassamos. Semelhante a quando enchemos uma bexiga de festa e desejamos saber qual o ponto máximo que ela atinge antes de estourar. Será no próximo sopro? No seguinte? Pode ser um hálito singelo, uma respiração inquieta que desencadeará o estouro da bola. Antes dele, não sabemos qual a sua capacidade total, o seu limite.


Também assim temos na matemática, em que uma função linear aproxima-se de seu limite pela esquerda, ou pela direita sem nunca conhecer o real ponto em que ela não existe. Conhecer tal ponto é uma tarefa impossível aos domínios da lógica e da razão.


E, por mais que nos precavamos dos males em nossos caminhos, de fato só o conheceremos quando enfim se sucederem. Conselhos e opiniões são inúteis a nossa vontade de ir além, obstinados a provar 'por a +b' que algo não é do jeito que dizem. Por mais gabaritadas ou respeitosas que seja aquilo que ouvimos, a nada damos ouvido. "Não pula daí que você vai cair.", "Não sopra outra vez", "Não vai além", "Não joga tantas fichas nestas incertezas", "não acumula tanto e distribui mais". E tantas outras máximas de nossos pais e mestres que cansamos de ouvir e igualmente ignorar. Seguimos em nossas ações, sem temer o fim que nos espera.


Ao fim, a bola estourará. Em nossas mãos restarão os retalhos da nossa teimosia e presunção. Ou cacos de um mundo em desalinho com suas próprias regras de convivência. Sejam estas regras externas ou não, o próximo sopro poderá não ser de vida. Saturado estará o mundo de egos e desamor.


Mas, não sejamos por demais presunçosos. O fim da humanidade não será o fim do nosso planeta. Ainda da matemática, o limite de qualquer função tende sempre ao infinito. Moneras, mais desenvolvidos que muitos de nós, darão conta de cuidar bem do verdadeiro patrimonio da humanidade.